Kaleidoscópio Literário
a expressão de Kathleen Lessa
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18/10/2014 16h48
INEVITÁVEIS DISRITMIAS (Péricles Alves de Oliveira)

 

 

INEVITÁVEIS DISRITMIAS

 

 

Areias e cinzas
fustigam as retinas dos sóis 
de ontem;

e as novas auroras
não ensinam suas crias a chorarem 
pelos mortos,

havidos - sob  o olhar 
furtivo da lua e das estrelas
-  às sombras
das noites
lamparineiras.

 

Péricles Alves de Oliveira

 

*

(intertexto  com o poema " Triste sorriso colorido ", de Kathleen Lessa)

 

Publicado por KATHLEEN LESSA
em 18/10/2014 às 16h48
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
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18/10/2014 16h36
AO LEVE CANTO DO VENTO (Péricles Alves de Oliveira)

 

 

AO LEVE CANTO DO VENTO




Tudo roxo: 
sem mais sonhos 
ou cores.

Roxo:
cor da iminente dor
da perda,


que faz
com que os ipês 
[roxos]

- em seus
alucinados amores com
as damas-da-noite -

transcendam
os úteros secos e estéreis
das sombras,

em grávidos e eternizados
momentos.

 

Péricles Alves de Oliveira

 

*

(intertexto  com " Estação para doze flores  ", de Kathleen Lessa)

Publicado por KATHLEEN LESSA
em 18/10/2014 às 16h36
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25/09/2014 21h34
DO NADA, A CRIAÇÃO (Péricles Alves de Oliveira)

 

DO NADA, A CRIAÇÃO

 

 

Do nada,
nascem esplêndidas e infidas obras 
forjadas por sencientes criadores,
que - ao tempo, 
ao espaço 
e às possibilidades -
escorrem-se líquidos 
e posseiros, 
até murcharem
com silêncios sem sentidos,
em algum buraco esquecido;

até que não mais 
lhes sucedam, por vontades próprias, 
mais nenhum auge matinal
ou nenhuma estória
de glórias.

 

Péricles Alves de Oliveira

 

(intertexto  com "O Tempo Leva o Tempo", de Kathleen Lessa)

Publicado por KATHLEEN LESSA
em 25/09/2014 às 21h34
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25/09/2014 20h25
NADA ALÉM DA SENCIENTE IMAGINAÇÃO (Péricles Alves de Oliveira)

 


NADA ALÉM DA SENCIENTE IMAGINAÇÃO

 

 

As causas e as consequências 
- conscientes ou não - 
são meras epígrafes
que de nada impedem a aberração 
criatória do homem;

de olhos fechados
contra as casualidades,
ou a fabricar destinos
a nosso modo e a nosso
aprazer, 
velamos as sinceridades
das sombras,
os silêncios dos pré-históricos 
tempos e destempos sem
lembranças;


as afiadas purezas 
das pedras, noites e

demais coisas que, 
conforme existam por 
e para nós, 
não manifestam 
- por si -
a marginal condição dos caminhos
aos quais nos dizemos 
viver e ser.

 

Péricles Alves de Oliveira

 

(intertexto com "Dias e Tempo (IV)", de Kathleen Lessa)

Publicado por KATHLEEN LESSA
em 25/09/2014 às 20h25
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12/08/2014 09h33
CHUVAS AO SOL (Péricles Alves de Oliveira)


        CHUVAS AO SOL*

 

 

O mar vivo
é esplendidamente sensual
com suas nódoas azuis
à superfície,

mas costuma
nos deixar um amargo
sabor de sal
à boca;

as estrelas
são magnificamente belas,
mas, como estão muito
distantes,

costumam
nos deixar um doloroso
sabor de ausência
ao peito;

as mariposas,
pelo menos, estão ao alcance das mãos,
mas elas preferem morrer
incautas,

tentando foder
com as fluorescências das lâmpadas,
deixando-nos um sabor de vazio

à alma.

Por isso é que,
nestas úmidas abstrações de tudo,
tentei ser alquimista
de verbos;

esvaindo-me
no grande fracasso de transformar
sombra e pedras, em sublimes
e transcendentes
versos.

 

Péricles Alves de Oliveira

 

*(interação com o poema "Obstinação", de Kathleen Lessa)

Publicado por KATHLEEN LESSA
em 12/08/2014 às 09h33
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Os textos da autora têm registro no ISBN. Plágio é crime.