Kaleidoscópio Literário
a expressão de Kathleen Lessa
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Meu Diário
31/05/2009 02h47
UM BICHINHO para mim (kml)


Ando querendo um bicho de estimação. Mas nem cachorro nem gato. Sequer posso imaginar esses animais correndo pelo apartamento, soltando pelos por todo canto, fazendo xixi onde não é permitido, latindo ou miando e incomodando os vizinhos. Justo eu, que reclamo dos bichos dos outros?
Não.
Desses eu passo ao largo. São simpáticos mas eu sou muito antipática com eles.
Já tive um peixe beta, que me deu mais trabalho que um aquário inteiro. Qualquer dia conto essa empreitada para meus leitores. Meus amigos já conhecem a história até em sonhos. Acrescente-se a isso que tenho um amigo muito amado que diz que eu crio e recrio sobre fatos verdadeiros. Ou seja: eu mesma aumento um ponto no conto que escrevi/vivi e conto. Entenderam? Eu acho que não é verdade o que ele diz mas como é muito amado... Aos amados releva-se tudo.
Tive também uma minitartaruga d'água.
Ela passava a maior parte do tempo de barriga para cima, pois eu "viajava", meditava, absorta na mandala que se formava na parte inferior do seu casco.
Quanto a cães, tirante uma cadelinha santa que permaneceu em casa por 18 anos, Rebeca, um encanto de animal, nunca tive muito jeito com cachorros. Eu gostaria de escanear e colocar aqui duas fotos minhas para ilustrar essa conversa, uma aos 3 e outra aos 5 anos: eu carregava os cachorros pelo pescoço, como se fossem frangos abatidos. Os bichinhos ficavam se revirando, se debatendo no ar, quase enforcados.


Penso num pássaro.
Dispenso os discursos dos defensores da fauna, pois esses que são vendidos em lojas têm licença do IBAMA e muitos já nasceram em cativeiro.
Amarelinho. Igual a dois que já tive há uns 20 anos.
Será meu Columbus III.
Quero um bom canário belga cantador, com quem poderei conversar e até cantar.
Ficaremos, ele e eu, numa gaiola pendurada desta São Paulo.

Outras sugestões?
Ando pensando num animalzinho, querendo-o...

Não sei se a vontade logo passará.

Publicado por KATHLEEN LESSA
em 31/05/2009 às 02h47
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31/05/2009 02h06
FIM DO MUNDO EM 2012 ? EM 2014? (kml)

Um amigo escreveu um poema onde menciona o fim do mundo em 2014.
Há previsões bem específicas em livros e na internet: 01 de junho de 2014 às 09:15 da manhã. Uma nuvem de poeira cósmica com largura de 10 milhões de milhas, comparada a uma nebulosa ácida, moverar-se-á em nossa direção perto da velocidade da Luz...

Imediatamente lembrei-me da predição maia, com outra data marcada para acontecer: 21 de dezembro de 2012.
Assim indicaria o calendário, esse que aparece no topo do texto.
Ele aponta que algo muito sério acontecerá em 2012. A profecia dá conta de que o mundo, tal como o conhecemos hoje, deixará de existir.
Muitos astrólogos da atualidade também mostram que nesse período descrito pelos maias, a Terra estará alinhada com o centro da Galáxia e com o Sol.
Isso tenderá a  acarretar alteração magnética, causando grandes  desastres no planeta, como tsunamis, vulcões, terremotos, dentre outros.
Não é o que já estamos vendo?
Incêndios nas matas, chuvas provocando inundações, degelos, a natureza fora dos eixos, ciclos alterados. Sem contar como anda a humanidade: indivualista, sem valores, sem respeito pela vida do outro e pela vida do planeta, crimes hediondos, inomináveis, banalização do sexo, desagregação da família, vícios e estragos devidos à globalização, etc.
Ou seja: a tal profecia para 2012 já está aqui, à porta de cada um de nós.

Quem quiser tomar conhecimento de  tudo que os maias vaticinaram, 
aí  vai o link:

http://mortesubita.org/jack/miscelania/textos/fim-do-mundo/a-profecia-maia-2012  

Voltando.
Já não me preocupo com a data. Não sei se chegarei até esse futuro, se viverei esses 3 anos e meio que faltam.
Desencano, amigos... Meu egoísmo não me permite que eu vá embora sozinha (rsrs).  Acho injusto perder o desfecho em 2012.
Quero ir embora com todos! Ser da turma que apagará as luzes da casa!

É, poeta Bittar...Hoje estou para  várias lucubrações.
Deve ser efeito das mais de 24 horas sem dormir.
Posso dormir. Nenhum compromisso me impede.
Só não consigo...
Não se trata de insônia.
Trata-se de não querer dormir, querer fazer o tempo render mais, escrever muito, como que querendo aproveitá-lo ao máximo em vista do "cerrar de cortinas".
Por isso, acho mesmo que o fim se avizinha. 
Ao menos em mim, ora!
Meu cérebro anda agitado, fabricando coisas demais!
 
Rir ou chorar, poeta?
Publicado por KATHLEEN LESSA
em 31/05/2009 às 02h06
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21/05/2009 23h42
FORA DO AR por um tempo. Conseguirei? (kml)


Tenciono uma parada na minha escrita e publicação. Ficar fora do ar por um tempinho.

Preciso respirar.
Envolver-me com outras coisas e afazeres.
Curar feridas.
Cuidar de mim.
Ouvir-me melhor.
Descansar a mente.
Dirigir meus olhos para outras cenas, outras pessoas.
Auscultar e sondar meu coração.
Desviciar-me da internet.

Quem escreve com paixão, com veia, com seriedade, entregando-se à escrita, de vez em quando precisa tirar férias.
Ao se rebuscar tantas experiências, tantos sentimentos , apurar o olho e as reações da pele, observar e sentir o tempo em que estamos e o mundo onde vivemos, ponderar sobre todo tipo de relações e comportamentos, material para poder escrever com gosto e entrega, acaba por nos desgastar!

Se conseguirei não sei... Os que costumam me visitar saberão.
Se eu demorar, há mais de 1000 textos para os que apreciam lê-los.

Beijos para vocês.

                        

 
Publicado por KATHLEEN LESSA
em 21/05/2009 às 23h42
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20/05/2009 23h29
AMOR, interminável aprendizado...(Affonso R. de Sant'Anna)

 
                           
                            por Affonso Romanno de Sant'Anna


"Criança, pensava: amor, coisa que os adultos sabem.
Via-os aos pares namorando nos portões enluarados se estrebuscando numa aflição feliz de mãos na folhagem das anáguas. Via-os noivos se comprometendo à luz da sala ante a família, ante as mobílias; via-os casados, um ancorado no corpo do outro, e pensava: amor, coisa-para-depois, um depois-adulto-aprendizado.
Se enganava.
Se enganava porque o aprendizado do amor não tem começo nem é privilégio aos adultos reservados.  Sim, o amor é um interminável aprendizado.
Por isto se enganava enquanto olhava com os colegas, de dentro dos arbustos do jardim, os casais que nos portões se amava. E quando algum amante desaparecia ou se afastava, não era porque estava saciado. Isto aprenderia depois. É que fora buscar outro amor, a busca recomeçara, pois a fome de amor não sacia nunca, como ali já não se saciara.
De fato, reparando nos vizinhos, podia observar. Mesmo os casados, atrás da aparente tranqüilidade, continuavam inquietos. Alguns eram mais indiscretos. A vizinha casada deu para namorar. Aquele que era um crente fiel sempre na igreja, um dia jogou tudo para cima e amigou-se com uma jovem. E a mulher que morava em frente a farmácia, tão doméstica e feliz, de repente fugiu com um boêmio, largando marido e filhos.
Então, constatou, de novo se enganara. Os adultos, mesmo os há muito casados, embora pareçam um porto onde as naus já atracaram, os adultos, mesmo os casados, que parecem arbustos cujas raízes já se entrançaram, eles também não sabem, estão no meio da viagem e só eles sabem quantas tempestades enfrentaram e quantas vezes naufragaram.
Depois de folhear um, dez, centenas de corpos avulsos tentando o amor verbalizar, entrou numa biblioteca. Ali estavam as grandes paixões. Os poetas e novelistas deveriam saber das coisas. Julietas se debruçavam apunhaladas sobre o corpo morto dos Romeus. Tristãos e Isoldas tomavam o filtro do amor e ficavam condenados à traição daqueles que mais amavam e sem poderem realizar o amor.
O amor se procurava. E se encontrando, desesperava, se afastava, desencontrava.
Então, pensou: há o amor, há o desejo e há a paixão.
O desejo é assim: quer imediata e pronta realização. É indistinto. Por alguém que, de repente, se ilumina nas taças de uma festa, por alguém que de repente dobra a perna de maneira irresistivelmente feminina.
Já a paixão é outra coisa. O desejo não é nada pessoal. A paixão é um vendaval. Funde um no outro, é egoísta e, em muitos casos, fatal.
O amor soma desejo e paixão, é a arte das artes, é arte-final.
Mas reparou: amor às vezes coincide com a paixão, às vezes não.
Amor às vezes coincide com desejo, às vezes não.
Amor às vezes coincide com o casamento, às vezes não.
E mais complicado ainda:amor às vezes coincide com o amor, às vezes não.
        Absurdo.
        Como pode o amor não coincidir consigo mesmo?
Adolescente que amava de um jeito. Adulto amava melhormente de outro. Quando viesse a velhice, como amaria finalmente? Há um amar dos vinte, um amor dos cinqüenta e outro dos oitenta?
Coisa de demente.
Não era só a estória e as estórias de seu amor. Na história universal do amor, amou-se sempre diferentemente, embora parecesse ser sempre o mesmo amor de antigamente.
Estava sempre perplexo. Olhava para os outros, olhava para si mesmo ensimesmado.
Não havia jeito. O amor era o mesmo e sempre diferenciado.
O amor se aprendia sempre, mas do amor não terminava nunca o aprendizado.
        Optou por aceitar a sua ignorância...
        Em matéria de amor, escolar, era um repetente conformado.
        E na escola do amor declarou-se eternamente matriculado. "
 
Publicado por KATHLEEN LESSA
em 20/05/2009 às 23h29
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18/05/2009 23h17
Vale para mim a releitura do "VELHO TEMA"... (kml)
Como a buscamos, perdidos pela vida, esperando, esperando, sem nos darmos conta de que a felicidade não é um lugar, um objeto, uma pessoa, uma meta, um projeto, um "lá", algo palpável...
A felicidade é um estado, um processo.
Eu sei, que dela já provei algumas vezes.
Mas sempre me esqueço disso e crio esperanças sobre sua chegada e não cogito sua partida...


 
"Só a leve esperança em toda a vida
Disfarça a pena de viver, mais nada;
Nem é mais a existência, resumida,
Que uma grande esperança malograda.

O eterno sonho da alma desterrada,
Sonho que a traz ansiosa e embevecida,
É uma hora feliz, sempre adiada
E que não chega nunca em toda a vida.

Essa felicidade que supomos,
Árvore milagrosa que sonhamos
Toda arreada de dourados pomos,

Existe, sim: mas nós não a alcançamos
Porque está sempre apenas onde a pomos
E nunca a pomos onde nós estamos."

(Velho Tema , Vicente de Carvalho)

Publicado por KATHLEEN LESSA
em 18/05/2009 às 23h17
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Página 34 de 40
Os textos da autora têm registro no ISBN. Plágio é crime.