PORTUGAL LIBERDADE
Nas ondas de teus mares, povo luso,
Flutuam poéticos cravos.
É 25 de abril.
"Sei que estás em festa, pá ,
Fico contente!
E enquanto estou ausente
Guarda um cravo para mim." ( Chico Buarque, "Tanto Mar")
Homenagem ao 34º aniversário da Revolução dos Cravos.
Leia sobre o tema em: http://www.25abril.org
Kathleen Lessa
Você ouve o Hino Nacional de Portugal
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VIVA O 25 DE ABRIL SEMPRE
… puro acto de inspiração!
SENTIR E VIVER
haver um dia por ano
em que acordo e recordo
estar num aniversário
da Revolução dos Cravos
faz-me apetecer escrever
não o que os versos são
mas tudo o que podem ser
tentando soltar poesia no ar
para poder sentir e viver
o puro acto da inspiração!
TRANSPIRAR O CORPO
haver um dia por ano
onde regresso à inocência
do prazer da LIBERDADE
feita apenas em alegria
com a mocidade que vivi
não o que os versos são
quando se escrevem só
vividos sobre um papel
sem transpirarem corpo
por todos os poros pele!
PARTILHAR E COMPOR
haver um dia por ano
a partilhar e compor
toda a alma colectiva
de quem viveu a data
sem deixar diluir o ser
não o que os versos são
feitos numa brevidade
fôlego dum fogo aceso
na energia da memória
onde história se escreve!
34 ANOS DEPOIS
há este dia todo o ano
em que acordo e recordo
não o que os versos são
mas tudo o que podem ser!
Francisco Coimbra
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O cravo e a rosa
de Edson Gonçalves Ferreira
para Kathleen Lessa,
Henricabilio, Suzana e Malu
Sou o cravo do jardim cheiroso
Dos brasis floridos onde canta
Onde canta sabiá e não rouxinóis
Onde a terra que tem mais palmeiras
Canta e chora ouvindo fados
Saudades da terra-mãe
Como o bandolim do meu coração
Dedilhado pelas lembranças ancestrais
O que fui, o que sou, o que serei
Responda-me, Pessoa
Responda-me, Cecília
Vós que cantastes o berço esplêndido
Sabeis não sou um só
Sou um pedaço das velhas caravelas
Sou uma montanha verdia das Minas
Das Minas Gerais que proclama
Liberdade ainda que seja tardia
Para todos os povos amados.
Divinópolis, 27.04.08
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Escrevem-se tantas prosas
destes cravos sem idade...
Olhai, nem tudo são rosas:
onde está a Liberdade?
(Henricabílio)