GATA ME FAÇO...
Ritual sem ritual,
Com precisão mas sem hora,
Gata me faço sobre teu peito,
Telhado de zinco quente...
Chego mansa mas ronrono assanhada,
Ensaio um carnaval de poesia,
Com versos e ritmo próprios,
Pulsares de mulher enamorada.
Percorre-te a estrada do amor,
De alto a baixo, de um lado a outro...
Rota aprazível. Dedilho cada ponto.
E assim vou lendo o mapa do desejo
Sobre a geografia do teu corpo...
Palmo a palmo...gateando-te...
Uma viagem clandestina,
Ousando adentrar o paraíso.
Vasculho-te, exploro e provoco.
Vem...
Segue as pegadas que meu corpo deixa.
A brincadeira começou, meu amor.
Tu és meu caçador,
Sou tua caça!
imagem: encontrada na internet, sem referência