Vários momentos perdemos. E os que não perdemos infelizmente perderam-se de nós de repente. Ou nem chegaram a acontecer.
O que é isso, heim, poeta?
Má sina, estigma, falta de habilidade, sistêmico fracasso?
Olhar desatento?
O corvo de Poe a crocitar sobre nossas cabeças "never more" para tudo que quiséramos guardar?
Silêncio cheio de perguntas não querendo, porém, qualquer resposta.
Já bastam a constatação e a angústia. O amargo que envenenou os sentidos. Que resposta plausivel poderia haver?
A pele que foi lida apenas com olhos por fim ficou como se fora tocada pelos lábios. Na memória.
A memória - real ou idealizada - tudo permite, tudo recria.
Nela, uma peregrina andorinha.
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