EQUUS CABALLUS VITAE
Na praia um cavalo galopa de uma ponta a outra.
Músculos crispados de dor...
Cabeleira e cauda despenteadas pelo vento,
Molhadas, porejando lágrimas...
Salpicando a areia, a vida.
Vai e vem...Vem e vai...
O cavalo. A maré alta. O tempo.
Espera que algo surja do mar?
Tenciona atirar-se às águas?
Galopa.
Apenas galopa.
Triste.
Para Carlos Rodolfo Stopa, poeta amigo, por inspiração
do seu poema "Nossos barcos, nosso tempo".