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SEM SILÊNCIO
Nas nervuras do silêncio
Toda angústia que sufoca,
Toda a ansiedade que estrangula,
Toda a espera que não se suporta.
Sinto a inércia,
O tédio,
A morte,
A sensação de tempo perdido,
O vazio,
A intranqüilidade,
A palavra escravizada na garganta,
O coração se queixando, sem ter voz.
Nunca o relaxamento proveitoso
Nem a reflexão precisa que proclamam...
Nunca as respostas para tantas perguntas
Nem a sintonia com o Universo...
Órfã.
Apátrida.
Yin sem yang.
Nada zen,
Nada iogue,
Nada alpha,
Nada mantra...
Não adianta!
A fala se cala
Mas a palavra fala,
Exige seu livramento.
Orquestra um repertório de letras e notas.
Até tento.
Mas meu ser é barulhento,
O silêncio me incomoda!
KATHLEEN LESSA
Enviado por KATHLEEN LESSA em 29/10/2006
Alterado em 25/05/2010
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