Kaleidoscópio Literário
a expressão de Kathleen Lessa
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Textos

CÉU ESCURO DE OUTUBRO


 
Nos cântaros de meus dias
Havia punhados de estrelas.
E eram tão abundantes
Que eu as podia ofertar,
Deixar verter em taças de alegria,
Escorrer pelos dedos...
Eu as dividia
E elas se multiplicavam.


Céu escuro de outubro.
Cântaros vazios.
Quem dá o que tem
A pedir vem,
Diz o adágio egoísta.


Noite de carvão.
Firmamento em solidão.


Para onde foram as estrelas
Quando abri as mãos
E as soltei no ar
Como pombas da paz?


     Não mais são minhas.
           Falta-me Luz.


 foto: "Bubble Nebula", de P. Bernard Guedes

KATHLEEN LESSA
Enviado por KATHLEEN LESSA em 01/11/2010
Alterado em 02/11/2010
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Comentários
Dora Leal
Pois é, amiga, vou atrás das poesias... rs. E as suas são lindas, viajo nelas. Algumas estrelas voltam, outras nunca mais. Mas não temos o direito de retê-las porque nada somos e nada temos. Seu brilho é inconfundível, não precisa de luz estelar. Bjs
Vinicius Lena
Minha querida poeta Kathleen. Suas poesias me enlevam. E eu ouso dizer que só u'a alma impedernida (e sem poesia) poderia, talvez, ler essas belezas e não sentir vibrações no fundo do peito e no relicário da alma. Pois eu as sinto. Beijos
Nelson d Paula
Denso, forte, muito interessante! Belas palavras.
tema
lindo poetisa.parabens, és dinâmica. teu poema é como uma flor.bjus
CONCEIÇÃO GOMES
As estrelas são incontáveis, poderás te-las novamente a qualquer hora.
Os textos da autora têm registro no ISBN. Plágio é crime.