OITO (*)
Oito, Biscoito
Oito, Farelo
São coisas da infância
Nas trovas de brincadeira...
Oito, Coito
Oito, Anelo
São coisas da madurância
Nas folhas de trepadeira.
Oito, de corpos enleados,
Oito, de lábios arrochados,
De pernas, ombros e dorsos enroscados,
De pés, mãos e pescoços trançados,
De pelos e cabelos entreliçados,
Oito, de ventres fundidos, colados.
Dois em espiral,
Sensual sinuosidade,
Ora no topo ora na base,
Em oito mm filmados,
Calientes de rubro amor.
Oito são dois corpos amantes,
São dois poemas arrebatados,
Um elo noutro elo.
(*) Poema de 2002, saindo do baú no dia em que atinjo a marca de 500 mil visitas aos meus textos. Obrigada!
imagem: grENDel