Da série "CONVERSAS DE ESCRIVANINHA"
5:
Conheço bem esse enredo, essa angústia... a caçada doente pela Internet, seguindo pegadas... O amor num terminal.
"Já é madrugada.
Cadê meu amor?
A que horas estará online?
[Minha saúde amorosa e emocional
Dependem de um clique eletrônico...]
Sem conexão?
Provedor invadido?
"ON LINE" , indica o ícone msn
Mas não o vejo...
Chamo-o,
Não esponde...
Falando com outras?
Bandido!
Dói essa espera
Para a amante-terminal...
Todas as noites acordada,
Os olhos congelados diante da tela,
As pernas dormentes,
Aprisonadas à cadeira,
O coração que salta a cada som
[Não é ele... é Alberto... Glória ... Di... ].
A internet é maravilhosa porque permite que as pessoas se aproximem, que casais se formem, que amantes se unam. É um empurrãozinho na vida.
O resto é com eles...
Dependerá da disposição, ousadia e disponibilidade, de perscrutarem os sentimentos verdadeiros que envolvem esta relação: amor, sexo, amizade, sociedade, troca de opiniões, estudo? A ver claramente o que procuram e esperam.
Fica-se (fico) num clima de ansiedade incrível, esperando um sinal, uma frase, um e-mail, um olhar adivinhado do(a) amado(a), do(a) amante... indagando-se se ele(a) pensa em nós durante o dia, se nos leva a passear em suas atividades, se nos telefonará...
É loucura? Talvez.
Mas adoça, perfuma, inspira os dias dos que podem/sabem viver isso.
O ruim é quando realmente se apaixonam, se amam, mas um deles puxa o freio-de-mão sem coragem para ousar mais e interrompe o trajeto!