TEMPO
Há tempo para tudo...
Tempo de fazer,
De não fazer...
Tempo de jogar pião,
De soltar pipa,
De furar o chão,
Tempo de entristecer,
De gargalhar,
De pensar viver,
De pensar a morte,
Tempo de enfurecer...
Procurar tempo
Em outra vida,
Acabar-se o aborrecer...
E a morte,
De tempos em tempos,
Vem,
E em seu tempo
Ceifa-nos a seu gosto,
Rouba-nos
Do futuro o gosto,
Do passado, os desgostos...
Em suspiro último exalado,
Olhar calmo ou angustiado,
Do tempo reclamamos,
O tempo,
Curto,
Inacabado...
PS - Amigos recantistas, afazeres mil, nestes últimos dias, privaram-me de escorrer em tintas dolentes, marcar a brancura do papel com minhas saudades. Mas cá estou. Um abraço a todos...
Um beijo especial a uma menina branca, belíssima poetisa, minha bruma envolvente, minha Kathleen Lessa, a quem ofereço meu poema.
José, o andarilho...
25/08/2008