AO BALANÇO DAS HORAS E DA VIDA
(escrito em 1977)
Onda que nasce
Nas vagas da noite...
A noite mais curta
É a noite da vida.
Onda de amor,
Amor em onda,
Onda hedionda,
Escuma branca... nata eterna...
(Mas o tempo
Não tem tempo
De programar
A temporalidade)
Risonha onda que adentra
Meu corpo, meu sangue, nervos, alma...
Onda,
Onda vaga,
Onda que enfrenta, impetuosa,
Hoje e sempre,
A manifestação atávica
Do
Tempo...
foto: SaraGS