SONHOS
Os sonhos de verão se esfacelam,
criam asas, voam.
Das escuras nuvens repentinas
derramam pranto de dor.
O solo outonal recolhe as lágrimas,
à espera de douradas folhas.
Em cobertor de neve, vencem o inverno,
gestam sementes.
Reverbera o sol da nova primavera;
em poesia etérea
se transmudam os sonhos.
Celinha Figueiredo
imagem: google