Era uma vez
um anjo que não era humano
– ou uma mulher que
se dizia anjo? –,
carecia de que ovelhas e gatos
sangrando em agonia lhe confiassem
a pureza nata dos que nunca
tiveram má fé,
enquanto era incapaz
de evitar contorcer-se às fantasias,
insânias e paus de vermes
e urubus letrados.
Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)
03/01/2015
imagem: K. Perry