Ando querendo um bicho de estimação. Mas nem cachorro nem gato. Sequer posso imaginar esses animais correndo pelo apartamento, soltando pelos por todo canto, fazendo xixi onde não é permitido, latindo ou miando e incomodando os vizinhos. Justo eu, que reclamo dos bichos dos outros?
Não.
Desses eu passo ao largo. São simpáticos mas eu sou muito antipática com eles.
Já tive um peixe beta, que me deu mais trabalho que um aquário inteiro. Qualquer dia conto essa empreitada para meus leitores. Meus amigos já conhecem a história até em sonhos. Acrescente-se a isso que tenho um amigo muito amado que diz que eu crio e recrio sobre fatos verdadeiros. Ou seja: eu mesma aumento um ponto no conto que escrevi/vivi e conto. Entenderam? Eu acho que não é verdade o que ele diz mas como é muito amado... Aos amados releva-se tudo.
Tive também uma minitartaruga d'água.
Ela passava a maior parte do tempo de barriga para cima, pois eu "viajava", meditava, absorta na mandala que se formava na parte inferior do seu casco.
Quanto a cães, tirante uma cadelinha santa que permaneceu em casa por 18 anos, Rebeca, um encanto de animal, nunca tive muito jeito com cachorros. Eu gostaria de escanear e colocar aqui duas fotos minhas para ilustrar essa conversa, uma aos 3 e outra aos 5 anos: eu carregava os cachorros pelo pescoço, como se fossem frangos abatidos. Os bichinhos ficavam se revirando, se debatendo no ar, quase enforcados.
Penso num pássaro.
Dispenso os discursos dos defensores da fauna, pois esses que são vendidos em lojas têm licença do IBAMA e muitos já nasceram em cativeiro.
Amarelinho. Igual a dois que já tive há uns 20 anos.
Será meu Columbus III.
Quero um bom canário belga cantador, com quem poderei conversar e até cantar.
Ficaremos, ele e eu, numa gaiola pendurada desta São Paulo.
Outras sugestões?
Ando pensando num animalzinho, querendo-o...
Não sei se a vontade logo passará.